Sunday, July 03, 2005

Altoids


Altoids

O que tem na caixa?

Altoids é uma das pastilhas mais populares ao redor do mundo. Para se diferenciar das dezenas de outras balinhas que perfumam o odor da boca e esquentam o sabor do beijo, a empresa alardeou que “Altoids atua como uma antídoto aos venenos no estômago. Uma ou duas 'chupadinhas' após refeições parariam, imediatamente, qualquer fermentação venenosa.” Após essa primeira campanha sobre as qualidades contra fermentações tóxicas, a empresa lançou o slogan “curiosamente forte” - o humor inglês sobre a própria fama da digestibilidade de sua refeição pesada e insossa. A embalagem em metal é simples e durável. A latinha virou legenda e traz balas e gomas de mascar em sabores especiais: berries, canela, mentas, cítricos e o que inglês puder ver.

What is in the box?

Altoids, one of the most popular mint candies around the world, a unique yet simple sweet. To differentiate its curiously strong product from the dozens of other breath mints in the market, in 1920 Altoids invested in a simple durable and distinctive packaging, a tin box. The first publicity campaign claimed “Altoids act as an antidote to poisons in the stomach. One or two taken after meals will stop any poisonous fermentation.” After this first campaign about its qualities as an remedy for toxic stomach fermentation, began the slogan “curiously strong” and advertisements joking about the indigestibility of English food. The little metal box became stuff of legends and has now permitted the sales of an entire line of breath mints, sour drops, and chewing gum.


Saturday, July 02, 2005

Rainforest Café


Rainforest cafe Las Vegas

Além de bananas

As florestas tropicais têm um importante lugar no imaginário dos americanos. A começar pelo aquário de Monterey/CA, a Amazônia tem sala especial. Em Las Vegas, um restaurante inteiro é decorado com a temática floresta amazônica. Nos supermercados, produtos orgânicos vêm em embalagens que insinuam os trópicos.

Há uma variedade de interpretações sobre os bens das florestas. Vê-se, por um lado, as fantasias que saltam de livros, as imagens que pulam de documentários da National Geographic, os ativistas que gritam demais, os ecos, os gurus que evocam a idéia de uma sabedoria antiga, cheia de rituais e curas. Conrad e Chartier narram o inferno tropical. Tantas suposições e especulações que coincidem no tempo.

Do outro lado do espelho, a indústria sagaz capitaliza seu apreço por animais exóticos, pelas riquezas naturais da selva, pela descoberta de alimentos energéticos e medicinas alternativas. A lista é imensa.

Enfim, pessoas de diferentes setores do Brasil (governo, indústria, terceiro setor) já sabem que tem ouro nas mãos. No entanto, até esse sentimento de descaso brasileiro transformar-se em simpatia e sedução nacional, os Estados Unidos já foram com o fubá e voltaram com o bolo. E o pior, a Amazônia já é vendida em fôrma americana.


More than bananas!

The tropical rainforest holds na important place in the American imagination. Starting with the aquarium of Monterey,California, the Amazon is treated as international territory. In the explinations about the flora and the fauna no mention of Brazil. In Las Vegas, an entire restaurant is decorated with Amazonian rainforest theme. In the supermarkets there is no fault of organic products that evoke the tropical jungle.

There are a variety of interpretations regarding the rainforest. On one side fantasies from books and movies, images jump out of National Geographic documentaries, activists that scream too much, the tree-huggers, new age gurus who evoke ancient mystic wisdom.Conrad and Chartier narrated a tropical hell. Many conflicting suppositions and speculations.

On the other side of the mirror, clever industrialists capitalize on peoples appreciation of exotic animals, the natural resources of the jungle, the discovery of energetic foods and alternative medicines. The list is huge

While many people from all different sectors of Brazil (government, private, and non profit) have already realized that they have gold in their hands, by the time the lackluster Brazilian attitudes transforms themselves into self-worth and national pride, the USA has already gone with the flour and sold us the cake. Worse still the Amazon is already being sold the American way.


Sabe o que é chocolate orgânico? CACAU!



O comércio exterior

Por que a Inglaterra e outros países da Europa conseguem vender chocolate com cara de Amazônia nos Estados Unidos? Por que o Brasil não sabe promover nem o pó de café nas prateleiras dos Safeway, Wal-Mart, Vons etc? Por quê? Se bobear, até Cuba - com embargo e tudo - vende mais charuto e rum para americanos. Vamos parar de exportar matéria-prima e começar a brincar sério. Ou vamos festejar o crescimento da venda de commodities para o resto dos nossos dias. Não venda cana, venda álcool! Não venda soja, venda tofu, carne de soja a afins. Não venda grão verde de café, venda café torrado, tipo gourmet! Não venda cacau, venda chocolate! Não venda bunda, venda estilo!

International Commerce


How do England, Belgium, and other European countries manage to sell chocolates with a rainforest Amazonian look to the United States? Why isn’t Brazil capable of placing coffee beans on the shelves of Safeway, Walmart, and Vons? Columbia is able to sell coffee and everybody knows that is to hide the smell. Cuba –even with the embargo- manages to sell cigars to senators and businessmen. Brazil must stop exporting commodities and raw materials and start playing ball. Growth in the exportation of commodities will eventually lead to a fall in prices. Don’t sell cane sugar, sell alcohol. Don’t sell soy beans, sell tofu, soy meat, oil. Don’t sell green coffee beans, sell gourmet roasted coffee! Don’t sell cacao, sell chocolate! Don’t sell ass, sell style!



Friday, July 01, 2005

Uma Guerra no Banheiro

O fator “eca”!

No livro “Sebastiana Quebra-Galho”, a dica para se limpar uma privada encardida é lustra-la de vez em quando com um pano embebido em gasolina. Se o vaso for velho e amaraledo mesmo, a autora sugere que o sujeito esfregue a cerâmica com cal virgem.

Bem, dicas a parte, o banheiro é um dos mais horrorosos lugares da casa para se limpar. Sem dúvida, poucas pessoas devem gostar disso. Para atender essa repulsão generalizada, os maiores produtores de produtos de limpeza e desinfetantes reinventaram um velho produto: a escova de limpar o vaso. Clorox, Lysol e uma penca de marcas travam batalha para ver quem vai dominar este lucrativo mercado. Todas elas, quase simultaneamente, lançaram novos produtos para desinfetar vasos sanitários. Entretanto, alguns designs são muito melhores que os outros, especialmente aqueles que compreenderam o fator “eca”!

The ick factor!

In the book “Sebastiana in a pinch,” the tip for cleaning a crusty toilet bowl and polishing it at the same time involves a gasoline soaked rag. If the sanitary vase is persistently yellow the author recommends scrubbing it with pure lime.

With or without tips the bathroom remains one of the most dreaded places to sanitize. To answer to this widespread revulsin, the major producers of household cleaners and disinfectants have re-invented a familiar product the bristly bowl brush. Clorox, Lysol and a variety of other brands are battling for market share in this lucrative market. The major manufactures have almost all simultaneous launched web products. None the less we can see that some designs are faring much better than others especially those that have fully understood the ick factor of brushing a toilet bowl.



Mãos-de-privada

A empresa Clorox apostou que o cliente evita o contato com a escovinha de limpar o vaso. Repulsão, nojo, asco são substantivos que descrevem bem o sentimento do consumidor! Sem medo de arriscar, trouxeram às prateleiras uma varinha mágica, que traz em sua ponta uma bucha descartável e biodegradável. Ou seja, depois de encostá-la nas bactérias invisíveis da privada, basta apertar um botãozinho e ejetar a bucha suja para todo o sempre. Mágico!

Clorox fully understood that the consumer wants to avoid any contact or even possibility of contact with the bristly brush. By eliminating the classical toilet brush and designing a reusable wand with a button that ejects a disposable cleaning head a true understanding of the market is evident. The customer is no longer confronted with a contaminated bristly brush and a derivative disposable product was developed. Genius.


Candit Camera

A escova da marca Lysol, apesar de mais avançada tecnologicamente, não leva em consideração o fato de que ninguém quer guardar tal objeto cheio de microorganismos. O apetrecho faz e acontece: solta uma espuma e vira no eixo central, enquanto o dito consumidor teria de conduzir o cabo em todos os cantinhos obscuros do interior do vaso. No entanto, por mais moderna que seja a escovada, o fator eca fica escondido atrás da privada. Afinal, como limpar aquela bucha? A pergunta é será que a equipe de novos produtos da Lysol já lavou um banheiro mesmo?

The “Lysol Ready Brush” is a technologically advanced toilet brush that spins, dispenses foam and is well a high-tech toilet brush. Though a derivative expendable product was created with the foam cleaner refills, the product does not pander to the consumer’s distaste of the brush. Not much space on the shelves; maybe its time that Reckitt Benckiser rethinks its strategy. Hey who was the last one to use the bathroom?



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